Buenos Aires sempre foi um destino que eu almejava, a maioria dos meus amigos que fizeram uma viagem internacional já tinha ido para essa cidade. As fotos nas redes sociais e os vídeos sobre a capital argentina me instigavam mais e mais.
Planejamento, cálculos, encontrar um voo mais barato e consequentemente com mais escalas, e um escolher lugar para me hospedar foram um entretenimento à parte antes da viagem. Interessante como a expectativa de sair do Brasil pela primeira vez me deixou tão animado. Aquele plano de viagem foi o meu combustível por mais de sete meses.
Eu não estava querendo apenas uma experiência superficial, daquelas que os pacotes vendidos nos sites de viagens oferecem. Nada disso, os pacotes são atrativos, mas eu queria sentir como era o estilo de vida de quem realmente mora na cidade portenha, como é o transporte, os pequenos passeios e as coisas simples, como comprar o pão na padaria ou apreciar o fim de tarde em um parque, sem pressa para ver outro ponto turístico.
Depois que finalmente comprei o meu voo para Buenos Aires com escala no Rio de Janeiro, eu não podia acreditar que de fato iria para terra do alfajor. O lugar que escolhi para ficar por um mês foi um apartamento no bairro de Palermo, super conhecido por ter parques bonitos e por isso teve um peso maior na minha decisão. Eu amo parques, até porque queria continuar correndo os 6 quilômetros que costumava em São Paulo. Além dos parques que para mim já são uma atração suficiente para me manter por mais dias em qualquer lugar, os restaurantes, as docerias, as lanchonetes e a diversão não deixam a desejar em Palermo.
Uma dica valiosa para quem pisa em Buenos Aires pela primeira vez no Aeroporto de Ezeiza (Aeroporto Internacional Ministro Pistarini) é saber que apesar do Uber funcionar na cidade, o serviço do aplicativo está bloqueado nos arredores do aeroporto, ou seja, as opções que acabam sobrando são os táxis. O cliente pode negociar com os motoristas que constantemente abordam os viajantes nas plataformas de automóveis, ou então existe a segunda opção de pagar por um transfer, em geral os dois serviços custam R$ 100,00 por pessoa para chegar até Palermo. Quem tiver companhia pode dividir o táxi e assim garantir mais pesos para aproveitar na cidade. Antes de pegar é bom perguntar se o valor inclui o pedágio, que custa em torno de R$ 10,00. Outra dica valiosa, é não comprar muitos pesos argentinos no aeroporto, pois lá a cotação é baixa. O Banco Piano, no centro de Buenos Aires, na época tinha a melhor cotação da moeda.
A sensação de chegar em outro país pela primeira vez foi animadora, ver as plaquinhas predominantemente em espanhol das publicidades, me fazia entender que de fato eu tinha pisado em solo argentino.

Reprodução/Adriano Ferreira
Texto Original: Alô Exterior